Seus pais tinham receio em fazer a
viagem de retorno com a menina ainda tão frágil e pequena. Isto pelo menos foi
o que Gundeico os fez acreditar!
Passava todas as manhãs na casa do
militar para fazer a visita diária e ver como encontrava sua saúde. O incrível
era que, mesmo a fazendo todos os dias pegar sol, a pele de Vasti resistia ao
bronzeamento ou a queima. Acreditava inicialmente que seus olhos iam ou virar
azuis como de sua mãe, ou cinza como de seu pai. Mas até então, o roxo ia cada
vez mais se intensificando. Seu peso e altura estavam normais.
Nas tardes o médico intercalava entre
visitas os pacientes em residências e os que estavam no hospital publico que a
Escola de Alexandria atendia. Passava o dia cortando, limpando feridas,
verificando a evolução de doenças contagiosas e receitando ou encomendando
remédios aos boticários do hospital.
Frascos na mesa de Gundeico
Gundeico continuava visitando a
pequena Vasti e consequentemente, devido seu carinho, palavra atribuída pelos pais e interesse pensada por ele, foi chamado para ser padrinho
da menina. Nada o faria mais feliz, afinal, nunca poderia ter filho, mas seria
padrinho de uma menina. Uma encantadora menininha.
Os meses foram passando e Vasti parecia nunca adoecer. Ao contrário, possuía uma imunidade de dar inveja a
qualquer um. Aos dois anos já falava muitas palavras e dentre elas, a que ele
mais gostava de ouvir: “paidinho”.
Quando ele a visitava, era comum ela
tocar em na pele caramelo com sua mão pequena e olhá-la para ver se a cor não
havia lhe sujado. Ao perceber que não, sorria com dentes brancos igual o leite
de cabra.
Foi por ela que Gundeico sentiu amor
pela primeira vez. Uma quase filha branca como a neve, o oposto de sua pele.
3 comentários :
Que postagem linda!
No início pensei que seria uma criança albina, mas parece que não.
Percebi um instinto materno...hehehe
Hugo Marcelo
hahahahahahaha
Pô Hugão, tomara que o doutorado voe, pq agora que tu falastes eu tô vendo que não foi só na Svetlana que meu instinto está gritando!
hahahahahahaha
Putz!
Sinto que meu inconsiente me traiu...
:-)
Hugo Marcelo
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